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ESPONDILOLISE

A espondilólise é uma lesão de origem indeterminada definida como um defeito, ou falha mecânica, com descontinuidade óssea do segmento intervertebral. Acredita-se ser causada por fratura por estresse na pars interarticularis. A progressão do defeito pode resultar em espondilolistese, que é a subluxação de duas vértebras adjacentes.


A incidência de espondilólise está relacionada com idade, herança genética, gênero, raça e nível de atividade, manifestando-se frequentemente durante a fase de crescimento. Dos 8 aos 20 anos, é responsável pela maioria das lombalgias em jovens esportistas e raramente ocorre em adultos. O risco declina na meia idade e aumenta ligeiramente entre os 60 a 80 anos.


O paciente pode apresentar postura hiperlordótica, e a dor lombar pode ser reproduzida pelas forças repetitivas de flexão, extensão e rotação da coluna, manobra facilmente reprodutível em esportes como ginástica olímpica, mergulho, levantamento de peso, voleibol, futebol americano e remo.



O DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da espondilólise é feito com radiografias da coluna lombar

O diagnóstico é feito com radiografias da coluna lombar nas incidências de frente e perfil em ortostatismo; porém, nos estágios iniciais, pode não ser visível nos planos radiográficos. O tratamento da espondilólise e da espondilolistese permanece um desafio para ortopedistas, neurocirurgiões e pediatras.


O tratamento não cirúrgico é a escolha inicial na maioria dos casos, além de ser a principal forma de tratamento das dores lombares. Tanto o tratamento conservador por fisioterapia convencional como terapias manuais apresentaram efeitos benéficos na redução da lombalgia e na melhora funcional do paciente. Têm o objetivo de reduzir a dor, restaurar a amplitude de movimento e a função, além de fortalecer e estabilizar os músculos da coluna vertebral.


A espondilólise é bem tolerada pelos pacientes, que, submetidos ao tratamento conservador, têm alto índice de melhora. Mas, em alguns casos, a gravidade dos sintomas e a não resposta aos tratamentos clínicos convencionais têm promovido a indicação de tratamento cirúrgico, que ocorre em torno de 30% dos casos. Entre as mais consagradas, está a realização de artrodese.

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