O que é a luxação esternoclavicular?
A articulação esternoclavicular permite a movimentação entre a clavícula e o tronco, através do osso esterno. É uma articulação pequena, com pouca estabilidade óssea e que depende muito dos ligamentos para permanecer estável.
Luxações da esternoclavicular são extremamente raras, inferior a 3% das luxações da cintura escapular. A maioria dessas luxações é causada por acidentes de motocicleta ou automóveis.
Quais os sintomas e como é feito o diagnóstico da luxação esternoclavicular?
As lesões da articulação esternoclavicular podem ter diferentes direções, tempo de evolução e gravidade.
Quanto à posição, podem ser:
· Anterior (para frente) (A)
· Posterior (para trás) (B)
Quanto ao tempo de evolução e recidiva
· Aguda
· Inveterada (quando permaneceu luxada ou fora do "lugar")
· Instabilidade ou recidivante (quando passou a ocorrer várias vezes)
Quanto à gravidade, às luxações podem ser classificadas em:
· Tipo 1: Estiramento ligamentar
· Tipo 2: Subluxação esternoclavicular
· Tipo 3: Luxação completa (anterior ou posterior)
As luxações podem estar associadas a outras lesões, como fraturas da clavícula, luxação acromioclavicular ou lesão entre a escápula e o tórax (dissociação escápulo-torácica). Também podem estar associadas a lesões neurológicas, torácicas e vasculares, devido à proximidade com estruturas torácicas.
Exames como a tomografia computadorizada podem auxiliar no diagnóstico e na decisão sobre o tratamento. Também auxiliam a diferenciar a luxação esternoclavicular de fraturas da clavícula medial e das lesões da cartilagem de crescimento.
Qual é o tratamento da luxação esternoclavicular?
O tratamento depende da gravidade, direção e tempo de evolução, mas em todos os casos devemos sempre iniciar com uma boa Fisioterapia visando recuperar a mobilidade e a estabilidade articular.
Nas luxações completas, o tratamento ideal é a redução da luxação, colocando a articulação no seu local adequado. As luxações posteriores apresentam maior risco de lesões neurovasculares, mas após a redução tendem a permanecer estáveis, sem recidivas. As luxações anteriores tem menor risco, mas apresentam maior chance de recidiva (novas luxações ou instabilidade). Luxações inveteradas (ou crônicas) podem ser tratadas de maneira conservadora se apresentarem poucos sintomas.
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