Tendinite é a inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, como uma corda fibrosa que faz a fixação dos músculos aos ossos). Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um osso.
As tendinites, dependendo dos locais de incidência, podem ser classificadas em diferentes sub-tipos:
1. Entesite – tendinite de inserção 2. Tenossinovite – inflamação da bainha sinovial tendinea 3. Peritendinite – inflamação da junção músculo-tendínea 4. Tendinite Ossificante – cronificação da inflamação com depósito de cristal de hidroxiapatita.
A Bursite é a inflamação ou irritação de uma “bursa”. Esta é uma pequena bolsa localizada entre o osso e outras estruturas móveis, como músculos, pele, ou tendões. Ela permite e facilita um melhor deslizamento entre as estruturas.
Desde que os tendões e as “bursas” estão localizados próximas articulações, qualquer processo inflamatório nestes tecidos moles será percebido freqüentemente por pacientes como dor na articulação e, equivocadamente como artrite.
Os sintomas são semelhantes:
* Dor e rigidez, agravadas por movimento. * Dor principalmente noturna. * Inchação local pode acontecer.
Qualquer tendão ou “bursa” no corpo humano pode ser afetado, mas aqueles localizados nos ombros, cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos, tornozelos e pés, são os mais freqüentes.
Tendinites e bursites são condições normalmente temporárias, mas podem se tornar crônicas e, ao contrário da artrite, elas não causam deformidade.
A causa mais comum de tendinites é o trauma local ou “overuse” (excesso durante trabalho ou jogo), particularmente se o paciente tem um mau condicionamento físico, má postura, ou usa o membro afetado em uma posição forçada e desajeitada.
A bursite pode surgir de trauma único de forte intensidade ou de micro-traumas repetitivos, mas também pode estar associada à varias condições reumáticas, metabólicas, infecciosas, e mesmo sem causa específica, considerada idiopática
Os problemas de ordem musculoesquelética são comuns para pessoas de todas as idades, sendo uma das grandes causas de afastamento do trabalho.
O diagnóstico de uma tendinite e/ou uma bursite requer uma história médica cuidadosa e principalmente um exame físico bem feito. Somente assim podemos avaliar a real condição do paciente e planejar um tratamento específico.
Radiografias podem ser úteis para excluir anormalidades ósseas. Deve ser salientado que tendões e bursas não são visíveis em radiografias, no entanto o uso da ultra-sonografia e, mais recentemente da ressonância nuclear magnética trouxeram um auxílio extremamente importante na definição do local e grau da lesão
Exames laboratoriais podem ajudar em caso de alguma outra doença de base, como por exemplo, Artrite Reumatóide ou Diabetes, mas normalmente, não são necessários para diagnosticar a maioria dos casos.
O tratamento destas duas condições está baseado na causa em si.
O objetivo inicial do tratamento é diminuir e, se possível, inibir a dor. Para isto o repouso articular é base principal, conseguido através do afastamento do fator causal e de atividades que possam levar ao agravamento da lesão.
Um adequado aquecimento prévio e cuidar da postura é fundamental. O uso de “splints” (talas de plástico) na área afetada como imobilização, calor úmido, e outras modalidades de terapia física ajudam na melhoria da dor aguda.
A Fisioterapia deve ser feita com o objetivo de tirar a dor, mas, sobretudo ela é utilizada como recuperação de amplitude de movimentos e prevenção de recidivas através de exercícios específicos e orientados por profissionais capacitados.
A intervenção cirúrgica de tendinites ou bursites é infreqüente.
Uma vez controlado o ataque agudo, deve ser iniciado o trabalho de prevenção e/ou correção dos fatores causais. Melhora da ergonomia, da qualidade muscular, e principalmente, da auto-estima, são fundamentais no sentido de prevenir novas lesões e/ou recorrências das antigas.
Agora separei aqui abaixo um conteúdo mais voltado para bursites. Aproveite a leitura.
1. As bursas
Em todas as juntas do corpo, nas quais os tendões encontram os ossos e os músculos, existem as bursas, que têm a função de evitar o atrito entre essas estruturas. São cerca de 70 distribuídas por todo o organismo.
A bursa é uma espécie de almofada achatada composta de uma membrana recheada por líquido sinovial, lubrificante de aspecto viscoso, parecido com um óleo.
2. Inflamou, inchou, doeu
Movimentos repetitivos com as articulações – imagine alguém que corre ou joga tênis – podem deixar a bursa inflamada. Aí o corpo passa a produzir mais líquido sinovial, menos viscoso, e aquela bolsinha aumenta de tamanho. Além do inchaço, a inflamação gera dor e, às vezes, vermelhidão. O incômodo é mais intenso ao movimentar a junta ou mesmo ao apalpá-la.
3. Limitação de movimento
A bursite pode ser acompanhada de uma inflamação no tendão, o que costuma incitar um depósito de cálcio dentro de suas fibras. É o que se chama de tendinite calcária. Em algumas situações, o mineral se acumula também dentro da bursa. Esses depósitos de cálcio, mais comuns nos ombros e no quadril, podem, com o tempo, enrijecer a região e limitar movimentos.
As áreas que mais sofrem com a bursite
Ombros: estão entre os locais mais afetados. Costumam sofrer com a bursite ali pintores, nadadores, tenistas, entre outros atletas.
Cotovelos: não é raro que a bursite aqui venha com inchaço e vermelhidão. Tenistas e golfistas penam bastante.
Quadril: a inflamação nessa parte do corpo geralmente vem acompanhada de tendinite. Comum entre corredores.
Joelhos: movimentos repetidos, falta de alongamento e tempo demais ajoelhado abrem alas à encrenca. Mais frequente em atletas.
Medidas e tratamentos contra o problema
Repouso: tem que parar com a atividade que está provocando a bursite.
Gelo: compressas em baixa temperatura ajudam a reduzir o inchaço e a dor.
Anti-inflamatórios: aceleram o controle dos sintomas, sobretudo quando gelo e repouso não resolvem.
Fisioterapia: fortalece os músculos da região para não sobrecarregar as estruturas lesadas.
Aspiração: parte do líquido acumulado na bursa é extraída com uma seringa.
Cirurgia: a remoção da bursa via bisturi é a última e rara opção terapêutica.
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ATENÇÃO
Se você tem dor, NÃO se auto-medique sem saber a causa das suas dores.
Não existe medicamento mágico, pomada, massagem, técnica revolucionária, exercício único! Esqueça isso!
Não existe receita de bolo, ou seja, cada paciente precisa de um tratamento específico para seu caso e por isso uma avaliação é fundamental!
Outra coisa, você pode até fazer um exame, mas não acredite em tudo que vai ler!
Leve este exame a um bom profissional que saiba ler e interpretar bem o laudo, mas faça PRINCIPALMENTE uma boa Avaliação Física utilizando testes Ortopédicos e Neurológicos com embasamento Científico! Só assim você vai tratar o que de fato te causa dor!
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