Certamente você já ouviu falar em tendinite. Muito comum em quem realiza movimentos repetitivos e que sobrecarregam os tendões, essa doença causa dores severas e limita a mobilidade. Pode causar até mesmo rupturas e levar à necessidade de cirurgia se não for tratada de maneira adequada.
Pensando nisso, vou apresentar as principais informações a respeito da tendinite.
O que é tendinite?
Trata-se de uma inflamação do tendão (uma estrutura composta por fibras resistentes, tecido conjuntivo, colágeno e uma espécie de ligamento que une o músculo ao osso). Os tendões são responsáveis por fixar toda essa estrutura aos ossos e estão localizados nas regiões dobráveis. Graças a eles, é possível movimentar as mãos, os ombros, as pernas e outras regiões do corpo.
A inflamação causa muita dor, inchaço e edema do tendão, podendo ocorrer em qualquer região do corpo. Contudo, costuma aparecer principalmente no ombro, no cotovelo, no punho, no joelho e no tornozelo.
A expressão tendinose é considerada a síndrome clínica que é característica de dor crônica e de espessamento da região do tendão. A causa está no uso excessivo do tendão e na realização de movimentos repetitivos sem descanso ou alongamento. É muito comum em funcionários que executam funções contínuas ou em atletas amadores que, sem o devido preparo físico, se esforçam além da conta.
O termo tendinite é utilizado para os casos isolados em que existe um processo inflamatório do tendão. Já o temo tendinopatia é mais amplo e utilizado para se referir a qualquer modalidade de lesão do tendão. Ou seja, a tendinopatia é gênero, na qual a tendinite é uma espécie, entendeu?
Por isso, a expressão tendinite vem sendo cada vez menos utilizada, uma vez que o seu sufixo “ite” se refere à presença de inflamação em alguma estrutura do corpo, como a apendicite (inflamação do apêndice) ou a faringite (inflamação da faringe).
Nesse sentido, a palavra tendinite significa exatamente “inflamação do tendão”. Contudo, conforme explicamos, grande parte das tendinopatias apresenta pouca ou até mesmo nenhuma inflamação. Desse modo, a expressão tendinite é inadequada.
Apesar da diferenciação dos termos, a expressão tendinite já é consagrada e tem grande reconhecimento do público mais leigo. Sendo assim, vamos utilizá-la na maioria dos trechos deste texto.
Quais são as principais causas da tendinite?
Os tendões auxiliam no processo de transmissão das forças dos músculos até os ossos. Por isso, estão submetidos à tração e a estresses mecânicos durante grande parte do tempo. Quando esse procedimento se dá de maneira intensa e repetida, pode levar a um quadro de fissuras, degenerações e inflamações do tendão.
À medida que o corpo vai envelhecendo, os tendões começam a perder a elasticidade, de modo que o risco de surgimento das tendinopatias se torne maior. Nesse sentido, a tendinite pode ter duas causas: a mecânica e a química.
A mecânica é provocada devido à realização de movimentos e de esforços prolongados, contínuos e repetitivos sobre o tendão. A causa química acontece devido a fatores e reações bioquímicas internas do corpo, como a alimentação incorreta e a produção e liberação de substâncias tóxicas pelo organismo, além da falta de drenagem adequada, o que gera a desidratação dos músculos e dos tendões.
Sendo assim, a prática de exercícios físicos como corridas, basquete e vôlei pode sobrecarregar os tendões e causar a tendinite. Além disso, os indivíduos que apresentam sobrepeso, obesidade ou têm uma musculatura fraca e pouco trabalhada também podem desenvolver a tendinite com mais facilidade.
A tendinite é, muitas vezes, confundida com a artrite reumatoide devido à semelhança dos sintomas e das causas. Contudo, a diferença é facilmente percebida por meio de diagnóstico médico e após a realização de exames próprios — ultrassonografia e radiografia, por exemplo.
Quais são os fatores de risco?
Existem situações que potencializam a probabilidade de surgimento da tendinite. São os chamados fatores de risco. Conheça alguns exemplos, a seguir:
falta de alongamento muscular que causa sobrecargas no tendão;
envelhecimento — os tendões vão perdendo a flexibilidade à medida que envelhecemos. Isso os torna mais suscetíveis ao surgimento de lesões;
doenças como diabetes e artrite reumatoide;
postura inadequada — causa sobrecarga, maior atrito e lesão dos tendões;
estresse — causa fadiga e contraturas musculares, muitas vezes involuntárias;
doenças autoimunes — as células de defesa do organismo confundem os tendões como uma estrutura desconhecida e agem com o intuito de destruí-las;
movimentos repetitivos e esforço vigoroso, principalmente devido ao trabalho excessivo;
praticantes de esportes como corrida, tênis, natação, basquete, golfe, beisebol etc.
Quais são os sintomas de tendinite?
A tendinite apresenta diversas manifestações clínicas que variam conforme o grau de avanço da doença. É possível que a condição passe de leve para crônica caso o paciente não trate o problema. Assim, os sintomas podem ter a duração de apenas alguns dias e semanas ou perdurar por anos.
Conheça os sinais mais comuns:
dor no tendão que pode irradiar para a musculatura do entorno e que se torna mais forte conforme a área acometida é movimentada;
sensação de que o tendão está crepitando quando se move;
inchaço na região afetada;
vermelhidão e calor na área acometida;
aparecimento de um caroço por toda a região do tendão;
diminuição da força;
atrofia da musculatura, em casos mais graves;
caso haja a ruptura do tendão, é possível sentir uma abertura ao longo dessa linha.
De qualquer forma, o quadro clínico e os sintomas específicos variam conforme o tipo de tendão atingido. Assim, no caso da tendinopatia do manguito rotator, por exemplo, a pessoa sente uma dor profunda no ombro ao fazer movimentos com o braço.
Por sua vez, na tendinopatia patelar, há uma dor intensa na região anterior do joelho sempre que o indivíduo se levanta ou faz caminhadas. No caso do tendão de Aquiles, ocorre dor, inchaço e o engrossamento dessa estrutura.
Como buscar ajuda?
O recomendado é sempre buscar o apoio de um profissional capacitado ao menor sinal de tendinite. Os mais indicados para realizar o diagnóstico são o médico ortopedista e o fisioterapeuta. A investigação do problema é feita por meio de exames, apalpamento da região afetada e estudo clínico sobre os hábitos do paciente.
Como é feito o diagnóstico da tendinite?
A tendinite é diagnosticada a partir de exames e da análise do histórico e estilo de vida do paciente. Além disso, o Fisioterapeuta faz uma observação e um toque na região, com o intuito de buscar o foco dos sinais de dor e sensibilidade, conforme o tipo de tendão.
Isso acontece porque as pessoas que sofrem de tendinite apresentam um ruído característico durante a movimentação da região afetada. O som é causado pelo engrossamento da bainha do tendão. Assim, a tendinose, por exemplo, pode ser detectada com um simples exame físico.
Em casos de dúvidas ou de dificuldade no diagnóstico, é necessário realizar exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, que conseguem identificar inchaços e edemas na região da bainha do tendão. Além disso, o raio-x é útil para revelar a existência de depósitos de cálcio em torno do tendão, o que auxilia na confirmação do diagnóstico.
Durante a consulta com o Fisioterapeuta, é importante mencionar todos os seus sintomas e responder, com sinceridade, aos questionamentos do profissional. Ele pode perguntar:
Onde é a dor?
Quando os sintomas começaram a se manifestar?
A dor surge quando você movimenta a região?
Você sofre de alguma doença autoimune?
Existe alguma lesão no local afetado?
Há algum inchaço ou vermelhidão?
Você executa movimentos repetitivos no seu emprego?
Você pratica algum tipo de esporte?
Você faz alongamentos com frequência?
Como é a prevenção da tendinite?
Você pode cuidar do seu corpo para evitar o surgimento desse problema tão incômodo e dolorido. Conheça algumas maneiras de se prevenir contra o aparecimento da tendinite:
manter uma alimentação saudável e balanceada, com vitaminas e fontes de cálcio e ferro;
praticar exercícios com o objetivo de fortalecer os músculos e os tendões;
evitar movimentos repetitivos. Caso isso seja impossível, o ideal é fazer pausas e intervalos significativos para diminuir os riscos;
realizar exames de rotina com regularidade;
dar atenção ao alongamento e ao resfriamento do corpo antes e depois de praticar qualquer atividade física. Muitos “atletas de final de semana” não dão a devida importância a esse cuidado;
manter uma postura ereta e evitar sobrecarregar diferentes regiões do corpo;
manter a diabetes controlada, bem como outras doenças.
O que fazer para evitar que a dor volte?
Conheça alguns hábitos que ajudam a evitar o reaparecimento da tendinite:
correção da postura;
desenvolvimento de campanhas de ergonomia no trabalho;
alongamento dos músculos com frequência;
fortalecimento da musculatura;
inclusão de intervalos na rotina de trabalho;
procedimentos cirúrgicos conforme a necessidade individual de cada paciente. Por exemplo: descomprimir o tendão, liberar aderências e reduzir as inflamações na região em torno do tendão, ressecar fibrose, retirar as calcificações etc.
Quais são os tratamentos disponíveis para a tendinite?
Confira algumas abordagens para aliviar ou reduzir os sintomas da tendinite e a possível inflamação.
Calor e frio
Uma bolsa com gelo ou água quente alivia os sintomas de dor e de inchaço no local abalado.
Analgésicos
Medicamentos anti-inflamatórios podem ser usados conforme a orientação médica.
Injeções de corticosteroides
A injeção alivia os sintomas de tendinite. Contudo, é importante ter cautela nas aplicações porque enfraquecem o tendão e podem gerar rupturas.
Fisioterapia
O profissional fisioterapeuta manuseia e aplica técnicas manuais sobre o local afetado, causando alívio, acelerando a cicatrização e fortalecendo a musculatura e os tendões da área.
Descanso
A área acometida pela tendinite precisa de repouso e relaxamento. Nesse sentido, dar uma pausa nos hábitos que levaram ao problema é essencial para o tratamento surtir efeito. Ou seja, o paciente deve tirar férias ou licença caso o motivo da lesão tenha sido a realização de movimentos repetidos.
Da mesma forma, se a tendinite foi causado por uma lesão esportiva, a pessoa deve parar de praticar esportes por um tempo. Caso a interrupção não seja possível, é fundamental reduzir a intensidade da atividade para evitar maiores complicações no futuro. Uma boa ideia é utilizar bandagem, tala ou cinta com o intuito de diminuir a movimentação da musculatura e dos tendões na região.
Quais são as possíveis complicações?
Caso o indivíduo não procure o tratamento adequado (Fisioterapia) ou não siga as recomendações médicas, a tendinite pode piorar e trazer problemas sérios que demandam a realização de cirurgias de correção. É provável que a pessoa sofra com ruptura no tendão, enfraquecimento e atrofia dos músculos ao redor da área, por exemplo.
A tendinite é uma doença que tem cura. No entanto, para que o paciente consiga melhorar o quadro e se restabelecer totalmente, é essencial seguir à risca as determinações do seu Fisioterapeuta e evitar os esforços físicos que causaram o problema, pelo menos até que o tendão se recupere, de fato. São cuidados muito importantes para prevenir o surgimento de lesões crônicas e até mesmo a ruptura do tendão.
ATENÇÃO
Se você tem dor, NÃO se auto-medique sem saber a causa das suas dores.
Não existe medicamento mágico, pomada, massagem, técnica revolucionária, exercício único! Esqueça isso!
Não existe receita de bolo, ou seja, cada paciente precisa de um tratamento específico para seu caso e por isso uma avaliação é fundamental!
Outra coisa, você pode até fazer um exame, mas não acredite em tudo que vai ler!
Leve este exame a um bom profissional que saiba ler e interpretar bem o laudo, mas faça PRINCIPALMENTE uma boa Avaliação Física utilizando testes Ortopédicos e Neurológicos com embasamento Científico! Só assim você vai tratar o que de fato te causa dor!
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