O nervo ciático corresponde ao maior nervo do corpo humano. Começa na espinha inferior e desce pela parte posterior de cada perna. Ele é responsável pelo controle das articulações do quadril, joelho e tornozelo e também dos músculos posteriores da coxa e dos músculos da perna e do pé.
O problema com o nervo ciático ocorre quando alguma pressão ou lesão o afeta. Esse dano ao ciático pode ocorrer dentro do canal espinhal – entre as vértebras por onde passa a medula espinhal – ou em outros pontos de seu percurso. E, uma vez inflamado por algum tipo de compressão externa ou outros fatores, surge a famosa dor ciática que apresenta uma série de sintomas.
A irradiação do nervo ocorre por compressão no seu trajeto ou no local da sua origem (raiz nervosa). As compressões poderão ser por trauma direto ou de repetição, como ficar sentado por muito tempo em uma cadeira desconfortável ou sentado sobre uma carteira de dinheiro alojada no bolso traseiro da calça.
É muito comum que esses sintomas apareçam também pela prática esportiva, como corrida e musculação, ou em atletas que praticam esportes com saltos. Todos esses esportes solicitam os músculos dos glúteos e o piriforme.
Na grande maioria o trajeto do nervo ciático passa por baixo do músculo-piriforme. Em 10% da população, o nervo ciático passa por dentro dele.
Assim, qualquer alteração desse músculo poderá causar dor no local ou problemas de sensibilidade na perna. Portanto, devemos ter cuidado ao fortalecer essa região e, somente nesses casos, é que o alongamento do piriforme aliviará de imediato as dores localizadas e as irradiadas para a perna.
Saber distinguir se a dor é oriunda de um problema na coluna ou se o paciente tem pré-disposição para contratura desse músculo será de fundamental importância para saber se é possível alongar ou não. É importante salientar que a causa mais comum da dor ciática são as lesões degenerativas da coluna vertebral, tais como: hérnia de disco, protrusão de disco, espondilolistese, artrose nas vértebras inferiores e estenose vertebral.
Nesses casos, alongar os músculos posteriores da coxa podem até contribuir para o aumento da dor. Nas lesões mais severas e graves, os pacientes poderão apresentar quadros de fraqueza muscular em uma das pernas ou nas duas, e a falta de força poderá mudar o padrão da caminhada. Nesses casos, o paciente não consegue ficar de ponta de pé sobre a perna afetada ou dar alguns passos usando apenas os calcanhares.
Existe também a possibilidade da perda do controle da urina em casos mais graves. O importante é que todos os profissionais e os familiares que estão cuidando de um paciente com esse quadro fiquem em alerta, pois a negligência ou a falta de atenção poderá levar a quadros irreversíveis.
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