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QUAIS OS SINTOMAS DA ESCOLIOSE

A coluna vertebral pode assumir patologicamente uma posição de desalinhamento, contorcendo-se em seu próprio eixo, inclinando-se para frente ou para trás e para os lados; ou seja, em um plano tridimensional.


Essa deformidade é conhecida como escoliose e pode se manifestar desde a infância com maior incidência em mulheres.


Classifica-se em dois tipos: funcional e estrutural.

No tipo funcional, a deformidade ainda não está instalada definitivamente, pois não atinge as estruturas ósseas, somente os músculos; e no tipo estrutural, a curvatura já atinge as vértebras e se fixa.


Cerca de 3% das pessoas têm a escoliose em diferentes graus e tipos.



Essa deformidade pode ter diversas origens e independentemente do aspecto físico que parece ser igual em todos os tipos de escoliose, elas podem ter prognósticos bem diferentes, comportando-se distintamente em termos de evolução.

  1. Escoliose congênita (de nascença): É responsável por cerca de 10% dos casos e se origina desde o dia do nascimento, quando ocorre má formação ou divisão das vértebras;

  2. Escoliose neuromuscular: Surge por sequelas de doenças neurológicas, é o caso, por exemplo, da poliomielite e da paralisia cerebral;

  3. Escoliose idiopática: A causa desse tipo não é conhecida. Considera-se a escoliose mais comum. Cada uma apresenta características e níveis de evolução diferentes.

  4. Escoliose pós-traumática: Surge a partir de doenças do tecido conjuntivo e/ou anomalias cromossômicas.

  5. Escoliose Degenerativa do adulto: Quando é causada pela degeneração de discos da coluna vertebral e de suas articulações como resultado, em especial, do avanço da idade.

Quais são os sintomas de escoliose?

Entre os sinais de escoliose, podemos destacar:

– ombros e quadris assimétricos, sendo que um lado é mais alto do que o outro; – cintura e costelas que parecem ser desviadas para um dos lados do corpo; – mamilos em alturas diferentes; – é possível ver as escápulas de apenas um dos lados do corpo e


Outros sintomas da escoliose

Na grande maioria dos casos, os sintomas são bastante discretos. Mas ainda assim podem surgir… O paciente poderá sentir:

  • Dores musculares, de intensidade leve ou alta, a depender de cada caso;

  • Sensação de fadiga nas costas, especialmente após um período prolongado na posição sentada ou em pé;

  • Fatores psicológicos.

Causas para a escoliose

A maioria dos casos do tipo estrutural vem de uma causa desconhecida (idiopática), mas sabe-se que fatores genéticos influenciam bastante.

Outras causas da escoliose estão relacionadas a sequela de doenças neurológicas (paralisia cerebral, poliomielite etc), má formação congênita e ainda pós-trauma.


Uma forma simples de detectar a presença da escoliose é se colocar por trás do paciente e observar se, no movimento de flexão do tronco à frente, aparece alguma região elevada nas costas.

Na fase inicial, pacientes com escoliose não se queixam de dor; por isso, ela pode passar despercebida e evoluir.


O médico comprova e mede a angulação das curvas da escoliose por meio do raio X.

Curvas de até 30 graus são tratadas conservadoramente com exercícios específicos de fisioterapia e especialmente por meio da RPG (Reeducação Postural Global).

Acima de 30 graus, além da fisioterapia, faz-se necessário o uso de coletes.

Acima de 50 graus, o tratamento pode ser cirúrgico, pois, dependendo da localização da curva, pode haver compressão de órgãos vitais como os pulmões e o coração. Quando não há compressão de órgãos vitais e nem comprometimento estético significativo, sob o ponto de vista do paciente, pode-se optar por tratamento conservador mesmo. Uma vez descoberta e tratada precocemente, as chances de sucesso do tratamento da escoliose são maiores.


Como é o tratamento da escoliose?

A escoliose tem cura e quanto mais cedo ela for diagnosticada no paciente, especialmente em períodos como a pré-adolescência, melhores as chances de recuperação do paciente com Fisioterapia Especializada.


Existe a cirurgia da escoliose que busca corrigir a coluna do paciente por meio de equipamentos de tração cirúrgica, além do uso de coletes que ajudam na manutenção de uma boa postura. Vale lembrar que a cirurgia deve ser feita somente em último caso, após esgotar todas as chances de tratamentos não cirúrgicos.


As indicações são:

  • progressão da curva em crianças em crescimento;

  • deformidade > 50 graus;

  • dor incontrolável com tratamento conservador;

  • lordose torácica e cosmética inaceitável.

Existem também exercícios para escoliose, que devem ser realizados por um fisioterapeuta com o objetivo de aliviar o desconforto do paciente além de seu aspecto estético.


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