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COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR UMA LESÃO MUSCULAR

O diagnóstico deve ser feito com base na história clínica, exame físico e exames de imagem.


O paciente apresenta dor de início súbito, habitualmente após um movimento em alta velocidade. Pode ocorrer um estalido audível ou a sensação de que levou uma pedrada no local.


Dependendo do grau de acometimento da musculatura, a dor pode variar de leve incômodo durante o esforço até à incapacidade para apoiar o pé no chão. Em alguns casos, é possível observar um defeito palpável, área de hematoma ou equimose (roxo).



A avaliação do paciente com lesão muscular deve abordar as seguintes condições:

  • A forma como o paciente anda;

  • A identificação do local exato da dor, para conhecimento do grupo muscular acometido;

  • A eventual presença de um GAP (buraco) palpável ou deformidade na musculatura;

  • A presença de áreas de equimose (manchas roxas na pele).

Ressonância magnética ou ultrassonografia podem ser utilizadas para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão (estiramento muscular, lesão parcial ou lesão completa).


Em lesões próximas da origem ou inserção da musculatura, é importante realizar radiografias para descartar eventuais fraturas por arrancamento ósseo, nas quais, ao invés de a musculatura se romper, ela arranca um fragmento do osso no local em que está presa.


A ressonância magnética e o ultrassom são igualmente eficazes para o diagnóstico das lesões musculares. Porém, como o ultrassom depende mais do profissional que está realizando o exame, o ortopedista pode solicitar a ressonância quando não conhece o profissional responsável por realizar o ultrassom.


As lesões musculares podem ser classificadas em três tipos:


Grau I: estiramento de até 5% das fibras musculares. Apresenta bom prognóstico, com limitação leve e rápida restauração das fibras rompidas. Usualmente, o paciente não sente dor sem a realização de esforço físico;


Grau II: lesão de 5% a 50% das fibras musculares. Pode apresentar equimose leve (mancha roxa na pele). A dor é mais intensa e pode levar a alguma dificuldade para caminhar nos primeiros dias;


Grau III: lesão de mais de 50% das fibras musculares com importante perda da função e presença de um defeito palpável. A dor pode variar de moderada a muito intensa. O edema, a equimose e o hematoma são mais pronunciados.


A equimose ocorre durante o processo de absorção do sangue, e, usualmente, aparece nos dias seguintes à lesão. Em função da força da gravidade, o sangue pode descer em direção ao pé e a equimose, da mesma forma, pode aparecer mesmo fora da área da lesão. O defeito muscular pode ser palpável e visível.


A recuperação do tecido muscular ocorre em três fases de cicatrização. Cada uma delas requer um tipo de tratamento adequado:


Fase 1 (destruição)

É a fase de formação de hematoma a partir do sangramento no local da lesão e a necrose das fibras lesionadas. O tratamento deve seguir o método PRICE, sigla em inglês para as ações de proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido. Medicações anti-inflamatórias podem ser utilizadas por curto período.


Fase 2 (reparo)

É a fase de formação de tecido cicatricial no local do hematoma. Neste momento, a fisioterapia pode se valer de métodos como o ultrassom e o laser para potencializar a reabsorção do hematoma, a redução do processo inflamatório e do espasmo e a reparação do tecido.


Fase 3 (remodelação)

Nesta etapa do tratamento, os exercícios para alongamento e fortalecimento ajudam a recuperar a função da musculatura, para possibilitar a retomada das atividades esportivas.


Para retornar ao esporte, é preciso respeitar as fases de cicatrização. O paciente deve apresentar força muscular e função equivalente às do membro não lesionado. O retorno deve ser bastante criterioso, uma vez que a recidiva destas lesões será maior quando o atleta retorna com a musculatura ainda fraca e desequilibrada.


O tempo estimado para o retorno ao esporte, em atletas de alto rendimento, varia conforme o grau da lesão:

  • Lesões Grau I: 1 a 2 semanas;

  • Lesões Grau II: 4 a 6 semanas;

  • Lesões Grau III: 2 a 3 meses.

Atletas de final de semana têm, em geral, maior grau de desequilíbrio muscular antes da lesão, pior preparo físico e disponibilidade limitada para a fisioterapia. Por essas razões, tendem a necessitar de um tempo extra até ter uma musculatura adequadamente preparada para o retorno ao esporte.


A incidência de lesões musculares depende do tipo de esporte praticado. Assim, as lesões de músculos nos membros superiores são relativamente comuns em ginastas e atletas de esportes que envolvem saques e arremessos, mas são incomuns em corredores e jogadores de futebol.


Como regra geral, as lesões musculares mais comuns nos consultórios envolvem os quatro principais grupos musculares dos membros inferiores, de forma que estas lesões serão discutidas em artigos específicos:


- Lesões da musculatura posterior da coxa (isquiotibiais)

- Lesões da musculatura anterior da coxa (quadríceps)

- Lesões dos adutores do quadril

- Lesões da panturrilha


A dor muscular tardia pós treino é um evento comum após uma atividade física extenuante, e que dentro de certos limites deve ser considerada normal. A dor habitualmente se inicia entre 6 e 12 horas após a atividade e atinge seu pico 24 a 48 horas após. E alguns casos, pode levar a uma queixa clínica bastante semelhante ao que é observado em uma lesão muscular.


A prevenção de lesões musculares envolve a correção dos fatores de risco listados acima, que sugerem as seguintes diretrizes:

  • Realizar treinos físicos com ênfase nos exercícios excêntricos (método de prevenção mais eficaz);

  • Realizar um aquecimento progressivo / ativação neuromuscular antes ou no início do treino;

  • Evitar treinos e jogos muito longos quando não estiver com bom preparo físico;

  • Evitar treinos em condições climáticas adversas e que levarão a uma fadiga mais rapidamente.

Os exercícios de alongamento sempre fizeram parte do período inicial do treinamento na maior parte das equipes. Porém, recentemente, estudos têm colocado em dúvida os benefícios dessa prática. Em resumo, os resultados demonstram, inclusive, perda de desempenho e maior risco de lesões, quando feitos logo antes do treino esportivo específico.


Para usar o alongamento como uma arma preventiva, a melhor forma é realizá-los em um momento à parte, com o objetivo de prevenir a dor, liberar tensões, relaxar os músculos e melhorar a flexibilidade de uma maneira geral.


ATENÇÃO

Se você tem dor, NÃO se auto-medique sem saber a causa das suas dores.

Não existe medicamento mágico, pomada, massagem, técnica revolucionária, exercício único! Esqueça isso!

Não existe receita de bolo, ou seja, cada paciente precisa de um tratamento específico para seu caso e por isso uma avaliação é fundamental!

Outra coisa, você pode até fazer um exame, mas não acredite em tudo que vai ler!

Leve este exame a um bom profissional que saiba ler e interpretar bem o laudo, mas faça PRINCIPALMENTE uma boa Avaliação Física utilizando testes Ortopédicos e Neurológicos com embasamento Científico! Só assim você vai tratar o que de fato te causa dor!


No passado as pessoas eram obrigadas a sofrer, pois estas patologias não tinham cura e nem TRATAMENTO. Mas as pesquisas e estudos avançaram e HOJE a Fisioterapia já está conseguindo ajudar a ELIMINAR as dores.

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Primeiro você precisa de um profissional totalmente comprometido com a metodologia. É importante saber sua formação e suas qualificações.

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Você precisa se sentir à vontade, pois a sessão do Tratamento tem a ver não só com o bem-estar físico, mas também mental.

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