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REMÉDIO PARA DOR DE CABEÇA? O Pilates pode te ajudar!

Atualizado: 20 de ago. de 2020

Em determinado momento você já apresentou algum quadro de dor na cabeça ou conhece alguém que frequentemente reclama deste incômodo?

É bem provável que sim!

E se eu te disser que o Pilates para enxaqueca proporciona muito benefícios ao tratamento?

Hoje vamos ver neste artigo como nós, profissionais, podemos ajudar nossos pacientes que sofrem de enxaqueca que, na maioria dos casos, é um tipo de cefaleia impeditiva de várias atividades diárias e com capacidade de redução da qualidade de vida.

Gostaria de saber mais sobre o Pilates para enxaqueca? Então vamos lá!



Tipos de Cefaleias

As cefaleias são consideradas um problema de saúde pública que afeta o Brasil e o mundo, devido seu impacto individual e social. Todos nós, em algum momento da vida, já sentimos ou sentiremos este incômodo, que pode ou não ser curado de forma rápida.

Quando a dor de cabeça aparece de forma esporádica, não traz muitos problemas para quem a sente. Já ao contrário, quando esta dor se torna crônica ou vem de forma mais grave, o paciente apresenta uma certa redução na qualidade de vida e se sente prejudicado para realizar tarefas do dia a dia.

As cefaleias podem ser classificadas de diversas formas. Segundo a etiologia estas são divididas em:

• Primárias: não apresentam causas aparentes quando realizados os exames clínicos. Aqui, nós temos como exemplo as cefaleias tensionais, as cefaleias em salvas e a enxaqueca, sobre a qual aprofundaremos mais a frente;

• Secundárias: são provocadas por alguma patologia e a dor ocorre em decorrência de uma agressão geral ou neurológica ao organismo, como por exemplo, nas meningites, hemorragias cerebrais, encefalites, dentre outras.


As cefaleias podem ser classificadas, também, de acordo com seu modo de instalação e evolução, da maneira que se segue:

• Cefaleias explosivas: surgem abruptamente, atingindo a intensidade máxima instantaneamente e normalmente decorrem de aneurismas ou outras patologias vasculares;

• Cefaleias agudas: atingem seu pico em poucos minutos ou poucas horas;

• Cefaleias subagudas: atingem seu ápice em dias ou poucos meses e ocorrem em cefaleias secundárias, como na meningite ou tumores;

• Cefaleias crônicas: apresentam duração prolongada, persistindo por meses ou anos. Podem ser recidivantes, como a enxaqueca ou persistentes, quando a dor ocorre praticamente todos os dias.


A enxaqueca

Agora que já entendemos um pouco sobre as dores de cabeça e sua classificações, vamos falar mais sobre a enxaqueca.

Este tipo de cefaleia tem causa idiopática, episódica e recorrente, com crises que duram de 4 a 72 horas. A dor ocorre de forma unilateral, de forma pulsada e com intensidade que varia de moderada a grave.

Pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia, além de sensibilidade a odores, sensibilidade na pele e fraqueza muscular.


A enxaqueca pode ocorrer com aura ou sem aura. A aura consiste em perturbações neurológicas que se originam no tronco cerebral ou córtex e que precedem a cefaleia. Podemos citar como exemplo, perturbações visuais, como perda completa ou parcial da visão, parestesias unilaterais na face, mão e braço, disfasia e tremor ou fraqueza muscular unilateral. Estes sintomas duram entre 5 a 60 minutos e são reversíveis.


Fisiopatologia da Enxaqueca

A fisiopatologia da enxaqueca é explicada de diversas formas e vamos ver aqui as principais teorias acerca desse processo:

Base Genética: esta teoria explica que a enxaqueca possui predisposição genética causada por mutações específicas, que é o caso, por exemplo, da síndrome MELAS e a enxaqueca hemiplégica familiar (EHF);

Teoria Vascular: explica que os sintomas anteriores à enxaqueca são causados por uma vasoconstrição e a vasodilatação posterior é responsável pela dor da enxaqueca. Em estudos do fluxo sanguíneo cerebral, verificou-se uma hipoperfusão cortical moderada durante as crises de enxaqueca, porém somente esta explicação não é suficiente para entendermos as crises de enxaqueca;

Depressão alastrante: o fenômeno é conhecido por este nome devido a ocorrência de depressão da atividade elétrica no córtex cerebral;

Sistema trigeminovascular: aqui, acredita-se que a liberação de neurotransmissores peptídicos induzem uma inflamação estéril e ativa os nociceptores do trigêmeo nas paredes dos vasos, o que gera o quadro de dor característico da enxaqueca;

Serotonina ou 5-hidroxitriptamina: neste caso, ocorre uma redução da serotonina e o ácido 5-hidroxitriptamina se encontra aumentado na urina.

Dopamina: verificou-se que os sintomas da enxaqueca podem ser induzidos por estimulação dopaminérgica e, de acordo com estudos realizados, os pacientes que apresentam a enxaqueca possuem hipersensibilidade dos receptores de dopamina.

Sistema nervoso simpático (SNP): alterações bioquímicas no SNP podem causar enxaquecas. A ativação deste sistema pode ocorrer devido fatores ambientais como sono, estresse, alterações hormonais e outros.


Como é realizado o diagnóstico e tratamento da Enxaqueca?

O diagnóstico da enxaqueca é feito através de avaliação médica e do relato do paciente acerca dos seus sintomas.

Em alguns casos, em que há suspeita de outra patologia, podem ser realizados alguns exames para descartar essa possibilidade.

O principal tratamento é a prevenção e o uso de medicamentos analgésicos nos momentos de crise. A prevenção deve ser realizada através de:



Benefícios do Pilates para Enxaqueca

A atividade física é extremamente importante para quem sofre de enxaqueca. O paciente deve manter uma rotina de exercícios moderados e deve evitar a prática de atividades de grande impacto para não ter piora no quadro de dor.

A atividade física frequente irá contribuir na produção e liberação de endorfina e serotonina e melhorar a oxigenação cerebral, o que reduz a frequência, intensidade e duração das crises.

Por isso, o Pilates para enxaqueca, por ser um método com exercícios variados e para diversos públicos, é extremamente eficaz e bastante indicado no tratamento.

Ao trabalhar a respiração, temos uma melhora na oxigenação, contribuindo na melhora dos sintomas. Ademais, o Pilates apresenta como um de seus benefícios a redução da ansiedade e estresse, que são fatores que podem desencadear a enxaqueca. O relaxamento e bem-estar promovidos pela prática do Método, favorecem no tratamento da patologia.


Como trabalhar o Método?

Inicialmente, o paciente deve passar por uma avaliação e devemos incluir na anamnese todos os dados possíveis sobre a enxaqueca, tais como: duração, frequência, intensidade das crises e fatores que as desencadeiam, questionar o paciente se o mesmo faz uso de medicação com orientação médica, observar se existe alguma outra patologia, entre outros.

Durante o atendimento, devemos nos atentar à postura do paciente e evitar sobrecargas na região cervical e ombros, para impedir o aparecimento de novas crises de dor. Além disso, é importante trabalhar o relaxamento dessa região para reduzir a tensão muscular.

Como dito anteriormente, atividades de menor impacto são mais benéficas para quem apresenta enxaqueca. Portanto, devemos respeitar o limite de cada paciente, evitando exercícios exaustivos que possam agravar o seu quadro de dor.


Aqui, seguem algumas dicas que podem ser realizadas para melhorar o tratamento:

• Os exercícios realizados devem incluir alongamentos da musculatura da região cervical para evitar tensões;

• Realizar relaxamento e mobilização da coluna cervical com auxílio da overball.

• Observar se o paciente apresenta ponto-gatilho ativo e realizar liberação miofascial caso seja necessário;

• Evitar exercícios exaustivos e com muita carga;

• Corrigir o paciente sempre que notar sobrecarga em ombros e tensionamento excessivo dos músculos do pescoço em qualquer exercício.



Como vimos, grande parte da população mundial sofre ou sofrerá dores de cabeça em algum momento da vida, que pode ou não ser de forma grave. Vimos, também, os benefícios proporcionado pelo Pilates para enxaqueca no tratamento de nosso pacientes.

Ao atender um paciente com queixas e diagnóstico de enxaqueca, devemos realizar uma avaliação minuciosa e focar no tratamento de forma individual. Por muitas vezes, o paciente irá chegar até nós com outras queixas, sem relação com a enxaqueca.

Entretanto, durante a avaliação ou momento posterior irá nos relatar e cabe a nós, profissionais, evitar o aparecimento das crises durante e após os exercícios.


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